NELAS VEJO MINHA ALMA

NELAS VEJO MINHA ALMA
A suprema felicidade da vida é ter a convicção de que somos amados.

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

ETERNOS CAMINHOS





A sua existência é infinita
Sublime compartilhar de auras
Nossa diferença nos completa...
Está-se forte ou fraca...


Aqui posso me deitar
A suavidade copula meu som
De encontros de reencarnações
Quem sabe seja essa prova


Amiga de uma espera infinita
Num encontro com a vida!
Em mim tu esta viva!
A mais linda flor que já colhi


E nesse Jardim de Palavras,
Onde nos reencontramos,
Possamos os versos unir,
Num dialeto de paz e amor...


As diferenças terminam...
Podemos assim comprovar,
Os nossos caminhos num verso,
A amizade na alma, eternizar!



(Adriana Leal & Reggina Moon)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

HOMENAGEM A POETISA MÍRIAN WARTTUSCH


SINFONIA INACABADA



Fazer amor é sempre um ato inacabado...

Uma longa sinfonia que jamais termina.

É um reacender, após ter desmaiado,

Um quero mais que endoidece e alucina!



A última nota será sempre a primeira,

Insaciável, o corpo clama por prazer...

Ai quem nos dera, pela vida inteira,

Fazer amor, fazer amor, fazer, fazer...



Todos os sons do amor são de magia,

Suspiros, sussurros, notas a vibrar...

A saudade é o alarme de que a sinfonia,

Não acabou; precisa, sim, continuar...



Dedos correndo pelos corpos quentes,

Lábios tocando fúlgidos ensaios...

Tão linda fica a música plasmada,

Entre os amantes a compor desmaios.



Tímbalos, sinos, que fazem soar,

Esses autores de canções audazes,

Trazem na alma incontidas paixões,

Mostram no canto, do que são capazes!



E a cada nova investida, uma certeza:

Sinfonia de amor, não deve terminar.

É um suceder de noites e de dias,

Notas de uma partitura a se eternizar.







Mírian Warttusch

SER MULHER


SER MULHER É COMO SOU...

EXPLENDOR DE TODAS AS IDADES


DE TER VIVIDO ESPLENDOR DE TODAS AS IDADES

DE TUDO UM POUCO


DE TUDO UM POUCO CONHECI

AS REALIDADES


ME APAIXONEI POR TODAS AS REALIDADES

NÃO VOU MENTIR...


NÃO VOU MENTIR...
SOFRI TAMBÉM A DOR PUNGENTE DAS DECEPÇÕES,

MINHA ALMA REGOZIJA


MAS MINHA ALMA REGOZIJA,
POR TER BALANÇADO MUITOS CORAÇÕES

ASSIM SOU EU...


ASSIM SOU EU...

JÁ FUI...


JÁ FUI MENINA ,ADOLENCENTE,ME TORNEI MULHER

ME APAIXONO LOUCAMENTE


POR TUDO ME APAIXONO LOUCAMENTE,
TENHA EU A IDADE QUE TIVER

HAVERÁ SEMPRE


EM MIM HAVERÁ SEMPRE UMA ALEGRIA INTENSA
QUE NÃO MORRERÁ

E A ALMA TERNA


E A ALMA TERNA QUE ME SALTA AOS OLHOS,
JAMAIS SE APAGARÁ

NASCER NAS MINHAS MÃOS


QUERO FAZER NASCER DE MINHAS MÃOS
SEMPRE A MAIOR FELICIDADE!

MINHA AUSÊNCIA


SABER QUE EM MINHA AUSÊNCIA,
VOCÊ SENTIRA,SIM, MUITA SAUDADE!

TESOURO ALGUM


TESOURO ALGUM NO MUNDO,
PODERÁ TUDO ISSO SUBSTITUIR

VALOR DA ALMA


TODO O VALOR DA ALMA COM QUE EU SEDUZO
E ME DEIXO SEDUZIR...

NO SORRISO



NO SORRISO AFLORAR DE MINHA BOCA,
TRADUZO MEU JEITO DE SER,

E ESSA É,


="E ESSA É ,COMO EU DISSE,
A MINHA ESFUSIANTE MANEIRA DE VIVER!





FOTO NOTURNA
(do livro Sete Décadas)

Num contraste noturno, em luz e sombra,
Pareço uma figura etérea, sublimada...
A alma se extasia, freme e até se assombra,
Por me ver tangida, perene, iluminada!




Revendo a minha imagem assim captada,
Percebo que o tempo tão veloz passou...
Minha beleza era assim, admirada,
E nessa foto ela se eternizou.



Fotos antigas, retratam bons momentos,
Guardadas com amor e tal veneração,
Nos trazem de volta todos os alentos,
Para que os não esqueça o nosso coração.



Ficou a beleza assim, eternizada,

Em luz e sombra - doce comunhão,

Parece me dizer, de forma emocionada:

"Valeu a pena, não foi tudo em vão!"



Mírian Warttusch

POETISA GLÓRIA SALLES


AGRADECIMENTO AOS POETAS DO DUETO!

MEU AGRADECIMENTO A POETISA GLÓRIA SALLES!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Reclusão


.
Entre o abismo à minha frente
e a chuva a me cobrir
temo a indecisão das horas...
.
De um tempo que é nosso algoz
E reprime todos os sentidos
E faz sonolenta minha razão...
.
Entre o abissal do primeiro minuto
e a incerteza do instante seguinte
sou pleno de esperas outras
que definham meu festejar
e agridem-me a visão temerosa...
.
Esperas que domam meus pés arredios
Trazem a dúvida de passos furtivos
Escraviza e atravanca minhas forças
Ruminam meu desconhecido predominante
Que estremecem o chão da minha alma...
.
A incógnita caminha ao meu lado
mas, tímido recuso a lhe dar as mãos...
.
Ainda que o silêncio lacônico e conciso
Abrevie as reticências, nos faça cúmplices...
.


Marçal Filho & Glória Salles

“Vem em mim”



O que prevalece
Quando penso em você?
Mau bem-querer voa
E o seu silêncio me profana... A boca

Meus devaneios surdos
Vão despindo você
E eu me pergunto à toa
Raiará o dia de beija-lhe... A boca?

Um beijo mais sereno
Me bebendo, lábio e mel
Como fora um vinho bom
Um Castillo, um Lurton?

Um beijo mais faminto
Me lanhando corpo e fel
Como fora um pescador
Solitário e ceifador

Que coisa louca, vem em mim
Guardar você assim
Eu quase vivo da magia
Meu faro caça algum sinal... Da sua boca

Minha alma prega a solidão
Pastora minhas mãos
E me arreda do afã
Do sonho de amanhecer... Em sua boca


Glória Salles e Abel Puro
25 outubro 2008

"Desgarrada poética"


Vóny
O medo jugula a minha esperança
A raiva é uma vacina que me mata
Diz-me, amiga, porque será que chora
Aquela doninha infame à minha porta?

Glória
Chora talvez o arroubo do momento
E no contexto de linhas tão latejantes
Talvez só queira a voz, que vale por tantas
Que alivie da fonte, o pavor arquejante

Vóny
Sou crocodilo na fome de te conhecer
Coqueiro imponente nesse céu longínquo
Por mais que eu queira de ti fugir
Faço das minhas fugas um novo regresso!

Glória
As horas do tempo avisam quem somos
E o mar é impotente, não projeta futuro
O coração sabe a verdade do que vemos
E o tempo segue prevendo encontro seguro

Vóny
Fala-me, amiga, deste repentino sufoco
Que nos enfeita a alma de dúbias sombras
Por mais que cortem a raiz do pensamento
Eu chego até ti, galgando sinuosas pedras!

Glória
Sombras não anulam sentimentos sinceros
O coração outorgado serve de cimento
Une as pedras, que depois serão escudos
Muro de arrimo, que servirá de alento...

Vóny Ferreira & Glória Salles

13 de novembro 2008
15hr:32min

” Alma gêmea da minha...”


Duo:” Alma gêmea da minha...”
.
Tantas vezes tentei entender o coração,
Leva-me por caminhos desconhecidos!
Por onde eu passo, vivo a procurar por ti.
Tento disfarçar, calar, mas tu onde estás?
.
Não foram poucos os questionamentos
Que me lavaram a vagar sem norte...
Prostrada nas esquinas dos pensamentos
A espera da segurança desse abraço forte...
.
Procuro-te por caminhos inexplorados,
Em todos os lugares eu não a encontro.
Busco delirantemente, mas tu não estás!
Alma gêmea acabe com o desencontro?
.
Mas há um olhar febril e beijos flutuantes
Desejando da doce saliva, a cumplicidade.
Que chama seu nome, em suplicas delirantes.
Anseia que ouças os apelos dessa saudade.
.
Não há nada mais difícil do que viver sem ti,
Sofrendo a espera de em breve te ver chegar.
O frio do meu corpo pergunta por ti, onde estás?
Meu querer te quer aqui para poder te amar!

28/07/10Daez
Saudade de “pertencer” doce e inteiramente
Porque me procuras, se estou bem perto?
Um querer prisioneiro de versos errantes
Querendo a boca, que vai irrigar meu deserto.

Meu grande e inesquecível amor!
Tu és música para a minha alma,
És vinho doce em taça de cristal,
És sonho suave eterno e sem fim.

As minhas frágeis mãos, recebe nas tuas.
Vem no compasso da musica, me conduz.
Quero o calor do toque, nas costas nuas...
Sorve embevecido o gosto da boca, me seduz.

Alma gêmea da minha por onde andas agora?
Quando irá trazer paz ao meu ser tão cansado?
Vem para mim, sossegue esta alma que chora!

Na melodia, nossas almas se fundem num solo.
A fadiga de me caçar, quem sabe em outro pólo.
Findou, estou aqui, vem serenar em meu colo...

Daez Savó
Glória Salles
26 maio 2010

ANGELICAIS


.
Flagro-me volta e meia refazendo o curso
Que assegurava dos vácuos o preencher
E se mãos sôfregas buscavam o percurso
Sofismava em teu colo, todo meu querer
.
Dá-me a convicção do hoje no seu sorriso
Na boca hesitante, põe-me o gosto do beijo
Devolve-me no olhar a promessa do paraíso
Mostra-me que o tempo, não roubou o desejo
.
Afaga-me na paz da visão linda e primeira
Que traz na derradeira, o verso angelical
Dizendo ser o afago tão doce a vida inteira
.
Pois que o nosso estar será tão forte e belo
Melhor será o amor tão puro sem igual
Porque o amor maior, só pode ser eterno.
.
Glória Salles/Marçal Filho
Sampa/Minas 27/04/2010

"O doce enredo da lua" - Soneto - Duo



Contei para a brisa e para um doce luar,
As coisas mais sagradas de meu coração.
Bordei minha lenda com os beijos do mar
E com todos os belos sentidos da paixão.

Imagens e saudades fizeram-me chorar
Pérolas em gotas em meu delicado chão.
Sozinha, lembrei de teu profundo olhar
Envolvendo-me em paz, flor e fascinação

Desnudei-me, levada pelo doce enredo da lua
Aos versos confessei toda minha insensatez
Senti entre as rimas, desejada paz, languidez

No contorno da alma, tatuada a imagem tua
Sinto a espuma das ondas, que meus pés acaricia.
Deixei-me levar, pela mão do mar, que tem pele macia...


Quartetos: Karla Bardanza
Tercetos: Glória Salles

PAIXÃO


Nossos desejos acordam
do profundo torpor
Que sabota nossas razões, e nos harmoniza
e em movimento encontrado sem ensaios
Contemplam-se como sinais de que existimos...
Deve ser os cheiros que se misturam
Nessa alquimia que transforma os sentidos...
Onde deixamos passos bambos,
ficam pegadas de pés afoitos de coragem,
marcando o chão devagar...
Nossos corpos ...
Chão irreverente de nossos tatos ávidos
Que neste alarido de intensas sensações
Vêem uma expectativa que sustenta
em poemas nossas almas,
derramadas em emoções.
Que fenecem e (re) surgem dentro da noite sedenta...
É de madrugada que somos exatamente o que
desejamos ser, e é nela que vemos nossos gestos
Como tecidos suaves, que vestem-se
de uma armadura de imortalidade...
Turva e curva nossas visões
com a dimensão que adormece nossos medos...
Então nestas águas profundas,
trafegamos absolutos.
Deixando desprendidos,
escoar toda nossa essência...

Lupi Poeta & Glória Salles
11 setembro 2010

"O lobo e a mulher..."



Sim... Esse lobo beija..
De forma suave sua face querida...
Deixa o frescor de minha umidade...
E todo meu carinho...
E se a lua não for cheia a alma transborda...

O beijo no rosto me emocionou...
Parece que sinto o jeito terno.
A umidade dos lábios sazonou,
Do coração, o chão ressequido e ermo...
O carinho me roubou a pouca lucidez.
E como não é lua cheia...
Rendo-me a minha insensatez...


De sua insensatez
Fiz-me homem
E de homem
Pouco jeito...
Mas sou mais poeta que qualquer outra coisa
assim como a dona da face que atrevi...
Deixo entregue meus pés acostumado com o chão
inóspito...
e com sua face macia e cheiros amendoados...

Fez-se homem, e de carona no vento.
Chegou afugentando a solidão...
O “pouco jeito” gerou reticências...
É fato, somos poetas, portanto, sensíveis.
Você, por ser poeta se atreveu?
Eu, por ser mulher... Permiti.


E por permissão
Por assim dizer
Por assim sentir
Por assim ficar
com essa emoção...
Da lua
Apostando certo que ela virá
Quem podia ser cordeiro
ficou mais feminina
E eu lobo mais bobo...

A feminilidade é palpável...
Consciente disso espero também.
A lua cheia, que excede o infinito...
Traz à tona do lobo os traços típicos...
Que fará do cordeiro, refém...


Não hoje...
de voraz
manso...
de espreita,campo aberto
Renuncio a garras e presas
Há de ser meu toque
posse de seu coração
Por meu olhar, perceba,
agora adestrado...
Quem é refém ?

Esse espreitar dócil e de corpo aberto.
Deu vivencia aos meus sonhos sutis...
Abro mão das garras, só quero o olhar.
Aquele que quebra o verniz do bom senso...
E para confirmar o que já sabe.
A posse do meu coração, já tem...
Quem é refém de quem?


Gloria Salles e Lupi Poeta

“Nosso trato”



Fixamos um trato, meu coração e eu
Não nos lambuzarmos em palavras de mel
Que naufraguem sonhos, em pleno apogeu
num mar de ilações, onde o doce vira fel

Não pulsar ,desesperados por um querer incerto
Nem nas grades do desejo deixar-nos arrebatar
Conhecer nossos limites, ir no âmago do afeto
Desse elixir suave nunca mais nos embebedar

Não nos deixar levar nas asas de todo vento
Pois nadar nas ondas da loucura é tormento
E por mais que nos custe ver na razão o viés

Não respirar emoções, cujo ar não nos furta
Pois sentimento qualquer, é feito coberta curta
“Quando a cabeça aquece, congela-nos os pés...”

- Glória Salles -




Assino Nosso Trato

Melado mel que flamba ao rubro caldo
Decanta meu eu a favor do turvo pacto
E o corpo bailarino que dirige o palco
Decreta ao amor duras cláusulas neste ato.

Cumpridor sou das veias do querer
Aceito o pulsar menor do universo
Ao sufocar desejos deterás teu ser
Provável assim, num amor submerso.

Sofrer diminuto não sobrepõe à regra
Avesso aventureiro afiança teu viver
Por fim, curvo-me quieto à lei do bem

Nosso trato finca rédeas a tua entrega
Terás a pena pelo amor que merecer
Melhor assim, que pulsar por ninguém.

- Damáris Lopes –

“Um dia de cada vez...”



São bocados de lembranças atadas ao tempo
Grilhões emocionais de saudade e alento
Que parecem não ter forma, ambiente, sequer cor
Intermitência de letargia, devaneio e torpor.

Ensurdeço nesta ânsia de atrasar o tal momento
Emudeço ante um prazer porvir e sedento
Desejo uterino de ouvir o pulsar, sentir o calor
Num encontro único ou eterno - seja como for

Nossos opostos acumulados eram emoção e razão
Como duas parcelas perfazendo o total da adição
Feitas da mesma matéria éramos causa e efeito
Se um foi uma escolha, o outro pelo destino eleito

Hoje meu olhar vaga, nada assimila com exatidão
Apenas névoa ao invés de um farol em tua direção.
É meu coração pulsando, agora fora do peito
Ávido para dançar nas batidas do teu - ao leito

E fica uma sensação de busca interminável
Que ora parece doída, ora se faz inefável
Parece esquina errada, assunto mal acabado
Passos trôpegos em caminho malfadado.

Hoje, metade de mim domina a dor implacável
Num latejo descompassado e decerto imutável.
E a outra metade abraça um ser fragmentado
Mas pronto para te amar, se a tanto instado

Munida de força e fé, sobrevivo com altivez
Certezas e assertivas me conduzem ao talvez
Sustentando esta saudade, um dia de cada vez.

(Gloria Salles e Luiz Henrique)

“A outra que mora em mim”



Este outro “eu” que mora em mim
Aduba de sonhos meu chão.
Onde florescem indóceis todas as sensações.
Grávida de uma ternura maltrapilha.
Vai multiplicando meus “eus”...
(Glória)

Este outro lado que me transfigura
Nessas agonias florescendo nos meus versos
Abraça-te com papoilas enquanto choras
Arremessa ao Atlântico novas caravelas
E desbrava com lirismo todos os reversos!
(Vóny)

Brincando de ferver minhas artérias.
Percorre todos os espaços fechados.
Abre todas as portas trancafiadas.
Desarruma sentimentos guardados
Sem cerimônia, desnuda minha alma...
(Glória)

Ah, e por mais que o coração silencie
O sangue borbulhando abre os caminhos
Descodifica segredos, desobstruí janelas
Para que o sol ao amanhecer te beije o rosto!
(Vóny)

Expõe desejos, eriçando as próprias vontades.
Desavisada, não consegue enxergar
Que há mistérios em cada sílaba.
E alheia, segue soprando afetos.
Minando a lucidez do meu mundo.
(Glória)

E eis que sou borboleta para afagar
Cada palavra resplandecendo no céu das palavras.
E eis que sou brisa acariciando o teu olhar
Qual golfinho perdido em imperceptível choro,
Aprisionado numa rede, lançada ao mar.
(Vóny)

01 novembro 2008

Duo : Glória Salles & VÓny Ferreira

“Tateando”




- Procuro-te, avançando aparentemente decidida,
Porém, deslizo ondulante, sinuosa, lânguida,
Por arestas que quem sabe sejam jamais buriladas.

- Esquivo-me, ancorado em meu relutante compromisso.
De andar disperso e descrente, incubado, módico,
Como quem sequer aspira ser tocado por um corpo.

- Domando vertigens, medos, silêncios pragmáticos.
Mistificando rituais, aventuro-me a alcançar tua alma,
Tocar tua matéria com a compostura de um faquir.

- Remonto ao passado, árduo, num choro copioso, assim
Querendo muito farejar uma última ilusão esquecida
Num mar de puro escárnio para cogitar o teu afã.

- Afrontando os desejos desta carne que me veste
E me conduz mansamente pelos obscenos sonhos,
Abandono-me no sentimento que provocas.

- O braseiro que acendes quando volta e meia volta
Encarcera-me desnudo, tateando o precipício,
Optando, num flash, entre o vôo e o ocaso.

- Calando meus barulhos, sorvo o cálice que me ofereces,
Perfilhando os efeitos de tuas estratégias,
Que avivam meu sangue com veladas promessas.

- É mais do que verdade o meu amor ávido por esperanças,
Que suplanta o leito de tristezas onde pernoito
E permite que eu cobre-me um bissexto rompante.

- Cala-te, pois eu quero.

- Calo-me, pois me rendo.

Glória Salles & Abel Puro
Setembro 2009

"Show da vida"



Glória Salles
Amiga, uma honra estar contigo.
Nesses versos em parceria
É sempre um aprendizado
Seu poder de criar, contagia.

Sonia Santos
Meu doce feitiço é de amor
Sou carente de seu calor
Tua poesia é de muito valor
Amizade que me conquistou...

Glória Salles

Demonstrar todo o nosso carinho
A quem sempre está ao nosso lado
Seja com palavras, ou simples gesto.
É bom amar e sentir-se amado.

Sonia Santos
No palco da vida a verdade.
Sonhos,ilusão,dor,saudade
Sentimos efeitos na carne
Muitos ataques de insanidade!

Glória Salles

Somos de tudo um pouco, é verdade.
Sensibilidade sempre à flor da pele
E por mais que doa tais ataques insanos
Com sinceridade, e poesia se repele.

Sonia Santos
Sofremos em cada personagem
Lágrimas e lágrimas derramadas
Em cada cortina que se abre...

Glória Salles

A cada cena nos vemos emocionados.
Nesse palco de tantos protagonistas.
E cada lágrima, representa uma conquista.

Sonia Santos
Somos todos atores principais
Desejando amar cada vez mais
Nosso tema é amor e paz!

Glória Salles

Sem coadjuvantes, cada um tem seu valor.
E no palco da vida, quando a cortina se fechar.
Paz, união e amor, é o legado que vamos deixar!

Sonia Santos
Glória Salles

20.02.2008

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NÓS DOIS


NÓS DOIS

Inicio da refrega, em luta de amor
Meu olhar em êxtase, vira e revira
Minha pele ardente em suor respira
Meus pêlos eriçam em tanto calor

Rijos mamilos furam o cobertor
Minha pele molhada, tremula, delira
Meu corpo ofegante, ondeia e gira
Enquanto o quarto se inunda de cor.

Apenas te amo. Te amo apenas
Se as horas se fazem assim tão pequenas
Não quero eu fique nada pra depois.

Mas vem o Orgasmo e parece que tudo
Que existe no mundo torna-se tão mudo
E nada mais existe alem de nós dois

((Jenário de Fátima e Graciela da
Cunha)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SERENATA !



Serei serenata nas noites de luar,
E as mais belas canções de amor pra você,
Quero olhar as estrelas e, te encontrar,
Para, juntos, partilharmos cada anoitecer!

Meu coração estremece, quando te sinto aqui,
Em meu peito, como uma bela canção,
Mesmo com o sorriso virado pra mim,
Jamais vai morrer a minha paixão!

Mesmo que ainda fale da partida,
Eu canto as saudades sentidas,
Que tanto amargura meu coração!

Momentos mágicos de amor, eu vivi,
Mas hoje ainda alimento uma ilusão,
Buscando um amor que perdi!

Poeta Cigano E Adriana Leal

ULTIMO VERSO


Em meu corpo ainda adormecido
Só tuas mãos meu intimo completa.
Um desejo louco ainda não vivido
Qual o último verso que busca o Poeta

O nosso sentinela é o anoitecer
Dos céus astros vindos em linha reta
Cortam os céus como fossem um ser
Anjo ou cupido que não erra a seta.

Eu te desejo amor, de um jeito pasmo
Com olhos tontos, tontos de um orgasmo
Feito de suor volúpia e carinhos

Pra ver-te depois dormindo mansamente
E acreditar que a vida segue em frente
No mais suave e leve dos caminhos

Jenário de Fátima e Adriana Leal