
O que prevalece
Quando penso em você?
Mau bem-querer voa
E o seu silêncio me profana... A boca
Meus devaneios surdos
Vão despindo você
E eu me pergunto à toa
Raiará o dia de beija-lhe... A boca?
Um beijo mais sereno
Me bebendo, lábio e mel
Como fora um vinho bom
Um Castillo, um Lurton?
Um beijo mais faminto
Me lanhando corpo e fel
Como fora um pescador
Solitário e ceifador
Que coisa louca, vem em mim
Guardar você assim
Eu quase vivo da magia
Meu faro caça algum sinal... Da sua boca
Minha alma prega a solidão
Pastora minhas mãos
E me arreda do afã
Do sonho de amanhecer... Em sua boca
Glória Salles e Abel Puro
25 outubro 2008
Glória e Abel,
ResponderExcluirQue seja tudo [o beijo e a ambiência] tão bom quanto os vinhos. Gostei da sutileza do paladar das quase-rimas.
:)
Abraços.