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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
PEDRAS
Quanto soprava seus cabelos,
o oceano cantou uma canção
em meus ouvidos.
Tudo é possível, no impossível deste mar infinito
Sou eu envolvida nos olhos que me enfeitiçou
deitada na pedra por mim passou...
Luar que me carrega, devolva minha luz.
Mar que transborda faz minha voz chegar até meu amor...
Esse mar que impassível sem pressa
Lambe as pedras onde nos amamos,
E banha o suor e o leite,
Nessa manhã suave e quente de verão,
retornamos...
Orquestra em ondas, gaivotas sobrevoam...
este mar que ruge pela proa,
vento vem nos acordar...
com esse ar quente que voa pelo ar,
e emite sons de violinos em Berlim,
sussurrando contos eróticos
no jardim da poesia,
nos leva por essas ondas de magia.
Nesse amor crepuscular, amor diferente
Amor ardente, dilacerado no seu calar...
Só o som pode tocar...
Nas águas desse mar de amor.
Na pedra que você deixou...
Paulo Alvarenga & Adriana Leal
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