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domingo, 21 de fevereiro de 2010
“Seria tão mais simples”
Seria muito mais simples, se eu não perdesse o ar.
E os murmúrios não evidenciassem o estado ávido
Se me fosse indiferente tão dentro do meu o olhar
Onde originou meus sonhos, irrigou o chão árido.
Como ficar apática a este olhar sôfrego e intenso?
Como ser indiferente a compressão do teu abraço?
Se a conivência da saliva mantém o braseiro denso.
E em todos os vãos de mim, são tuas mãos que caço.
Seria tão melhor na fantasia dos versos permanecer
Não mais hospedar lembranças que volta e meia vem
Trazer confissões e deleites, ancorados neste querer.
Ofuscar esta inquietude que me transforma em refém
No ventre, borboletas inquietas querem o vôo perfeito.
Da textura, o calor da pele, minha cabeça em teu peito.
Glória Salles
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