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domingo, 21 de fevereiro de 2010
FETO
Ao florir, esparsa ao vento,
a pétala tombou.
A lágrima dos olhos, ao fundo,
feito perfume, verteu.
Dentro dos nervos,
sem a graça de ser livre,
a saudade criou raízes de ausência.
Pupilas dilatadas à luz da primavera,
flor não mais serei.
Como se a vida fosse o que não é,
morri na nua rua outonal de um jardim,
feito parto complicado que não deu certo.
Eternamente feto.
Rosy Moreira
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