e me fazer de conta
e retomar a alma já pronta
por onde nada mais restou...
Eu vou!
Se for preciso restaurara
dor e me doer de novo
no cio ardente e copioso
do mal ausente que ficou...
Eu vou!
Se for preciso reanimar
a luz extinta no crepúsculo
imponderável do minúsculo
grão de areia que se apagou...
Eu vou!
Se for preciso me afogar
no charco por mero martírio
ou por razão ou por delírio
o lírio diga por quem vou...
Eu vou!
Se for preciso reinventar
o amor numa paixão suicida
e reencontrá-la além da vida
na lida que a paixão deixou...
Eu vou!
A. Estebanez
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