PÁSSARO DE FOGO
Crucifico os meus dedos
no estranho vazio do teu seio
Sinto o Sol
paradoxalmente frio!
Enquanto me suicido
em cada cigarro
Meus lábios gênese estrangulada
das inúteis palavras
Brinca aos poemas
no gume quase sangue
do meu sentir
Danço bêbada e fascinada
na asa das tuas palavras
aprendo contigoa
arte de ser poeta
algures nos becos
vagabundeio
a aventurado
meu pássaro em fogo!
Gérmen amaldiçoado
de todas as taras
Não te darei tudo
ou quase nada
apenas um amor
quase puro quase maldito?
Na concha
relativamente receptivadas
tuas mãos ensangüentadas
Luiza Caetano
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