Noite de todos os medos,
fictícios e verdadeiros,
noite de fantasmas que nos perseguem,
ávidos, rindo às gargalhadas,
pelos becos sem saída de remorsos lacerados.
Noite de espectros, rostos perdidos,
escondidos sob máscaras dementadas de alegria,
ocultando identidades opacas,
almas entrelaçadasde atávicas,
equívocas sombras que recusam dia claro.
Noite de feitiços, de sono da consciência,
de bruxos que oferecem, numa luz petrificada,
o fulgor da paixão,
iludindo a triste sina de quem apenas pretende,
acossado entre neblina, mascarar a solidão.
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