- Arquétipos que se perderam
na poeira cósmica do tempo.
Tipos que ficam e não crescem,
perdem-se no seu próprio rastejar.
Aqui estou – outra vez,
entre as asas da luz
e da sombra.
Entre o passo, o pássaro,
o impacto, o pacto, o parto
e a dor do amor.
Folhas de plátano
dançam ao sabor do vento.
Aqui estou
entre a espada e a cruz,
ritos e mitos, arte e poesia.
Brilho sinistro – o sucesso;
palidez mortal – os mistérios.
Na asa do tempo,cálido dedo não se omite.
Obstinado, gesticula, grita.
Não obstante, verbo de luz difusa,
lanço essas asas da memória
ao abismo oceânico em que navego.
Extraído do livro “FLORESTRELA”.
Hórus/9 editora, pág. 56, 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário