A noite se acende em gumes adagas feridas de gritos que a solidão estrangula.
As pessoas, os objectos, as silhuetas e as pare dessão como grades aprisionando a minha alma.
Tanta coisa por dizer!
Tanto silêncio dolorido!
Tantos gritos estrangulados!
O sonho se esboroou contra o impossível.
Ficou uma realidade sem cores batendo-se no crespúsculo das minhas telas abandonadas.
É necessário amortecer a dor anestesiar-me,ou me alhear em oração esquecendo as suicidadas flores daquele nosso jardim à beira da capelinha e das flores que não chegámos a plantar
Chego mesmo a odiar essas frágeis sementinhas que ainda guardo no coração
Luiza Caetano
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